quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Fósseis. O que são? Como se formam?



   Os fósseis são restos ou vestígios de antigos seres vivos ou actividades biológicas, que ficaram preservados em rochas, fósseis ou outros materiais. Os fósseis mais abundantes são constituídos por carapaças, dentes, ossos, pois são materiais mais resistentes aos processos de decomposição e erosão. Estes fósseis estão contidos no grupo dos macroinvertebrados (ex: corais, esponjas). Existem também fósseis de organismos invertebrados, como as conchas, que pertencem ao grupo dos moluscos (ex: bivalves, amonóides). O grupo dos equinodermes é composto por organismos marinhos invertebrados contendo um esqueleto calcário (ex: crinóides, equinóides).
   A fossilização é o processo pelo qual se formam os fósseis. Para um determinado material fossilizar, são necessários milhares de anos, pois este é um processo bastante demorado. Para um organismo fossilizar, é necessário que este seja enterrado em sedimentos rapidamente, o que vai impedir a sua decomposição. Podemos identificar três processos de fossilização: a moldagem (o organismo desaparece na totalidade, deixando apenas as suas marcas); a conservação (o organismo conserva-se totalmente ou parcialmente); a mineralização (os materiais originais do organismo são substituídos por outros mais estáveis).
   A ciência que estuda os fósseis e os processos de fossilização tem o nome de paleontologia. Além dos fósseis, estuda também a vida dos seres que existiram na Terra, e o modo como esta se desenvolveu ao longo do tempo.
   Os fósseis são um objecto de estudo bastante importante para a ciência. No ramo da geologia, por exemplo, são uma ferramenta muito útil para datar sequências geológicas.


Referências:

  • http://fossil.uc.pt/
  • http://pt.wikipedia.org/wiki/Fossil

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

A Magnetostratigrafia

   A Magnetostratigrafia é um dos métodos da Estratigrafia que estuda as propriedades magnéticas das rochas (principalmente ígneas e sedimentares). É um método físico utilizado para datar sequências geológicas, daí a sua importância para o campo da Estratigrafia. Como sabemos, a polaridade do campo magnético terrestre fica “gravada” na rocha no momento em que esta é depositada. Sabemos também que o campo magnético terrestre vai sofrendo pequenas alterações ao longo dos tempos, assim, rochas de idades diferentes têm polaridades diferentes. Por esta razão, a magnetostratigrafia é um dos métodos mais fiáveis relativamente a correlações, pois quando se dá uma inversão do campo magnético terrestre, esta ocorre simultaneamente em todo o planeta. Tendo isto, podemos correlacionar rochas que se formam em ambientes diferentes e em localizações geográficas diferentes.
   A técnica utilizada neste método é a seguinte: no início, as rochas são estudadas no local onde se encontram. Depois de serem recolhidas no campo, as rochas são submetidas a dois processos bastante importantes. Primeiro as amostras são desmagnetizadas, o que permite “apagar” as magnetizações que ocorreram depois da rocha ter sido depositada, o que permite à rocha ficar apenas com a magnetização original. O segundo passo é a medição da orientação original da rocha, aquando da sua deposição. Finalmente, os dados recolhidos das amostras são analisados e tratados estatisticamente, para uma melhor interpretação dos dados.


  Referências:

  * http://en.wikipedia.org/wiki/Magnetostratigraphy
  * http://en.citizendium.org/wiki/Magnetostratigraphy
  * http://www.stratigraphy.org/